Oficina do dia 28/07/2012 - Olhar...


Como estamos olhando nossas crianças e juniores?



Na oficina do mês de julho, tivemos momentos muitos saborosos, assim como ganhar o primeiro sorvete de chocolate em um dia muito quente, a sensação de satisfação, aquele sabor agradável, foi espetacular.
Cláudia, nossa irmã, psicologa e amiga, nos orientou sobre a importância do nosso olhar.
Olhar de professora, amiga, psicologa, líder, mãe, olhar critico construtivo.
Para entender um pouco mais sobre o nosso olhar vamos ler o texto de Otto Lara Rezende.

"De tanto ver, a gente banaliza o olhar;
Vê...não vendo.
Experimente ver, pela primeira vez, o que você vê todo dia, sem ver.
Parece fácil, mas não é;
O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade.
O campo visual da nossa retina é como um vazio.

Você sai todos os dias, pela mesma porta...
Se alguém lhe perguntar o que vê no caminho, você não sabe.

De tanto ver, a gente banaliza o olhar... Vê não-vendo...
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio de seu escritório...
Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro...
Dava-lhe um bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência...
 
Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer...
Como era ele?
Sua cara?
Sua voz?
Como se vestia?
Não fazia a mínima idéia...
Em 32 anos, nunca o viu...
Para ser notado, o porteiro teve que morrer...
Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência...
 
O hábito suja os olhos e baixa a voltagem.
Mas há sempre o que ver: Gente, coisas, bichos.
E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que um adulto não vê.
Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.
O poeta é capaz de de ver pela primeira vez, o que, de tão visto, ninguém vê.
Há pai que raramente vê o próprio filho.
Marido que nunca viu a própria esposa.

Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. ...
É por aí que se instala o "monstro da indiferença".



A indiferença muitas vezes se apresenta de formas que não percebemos.
Devemos ter um olhar critico diário para cada criança, para com os nossos filhos.
Devemos observar a linguagem corporal de cada um.
Quando conversamos, apenas 35% (trinta e cinco) de nossa comunicação é verbal, o restante, 65% é feita por meio de componentes não verbais, como postura, gestos e atitudes. Interpretar esta comunicação facilita e dinamiza a interação entre os alunos, professores e pais.

Você, professor, já disse:"Hoje a aula não rendeu, tudo que foi feito no meu plano de aula não consegui realizar."

Eu já, muitas vezes...mas aí a pergunta que devemos nos fazer sempre: "Será que não rendeu mesmo?"
Existem os determinantes que podem não ser como planejamos.
Na hora que você esta planejando a aula no momento da história, você lembra que as criança gosta de visual e criatividade, já os juniores eles viajam na história mas gostam sempre de coisas novas e formas diferentes de contar?
Você se coloca no lugar da criança ou do Junior e se pergunta se fosse eu, eu gostaria? Empatia.

Temos (nos professores), que sermos auto críticos na hora do planejamento da aula, sermos organizados e jamais esquecer da oração e jejum, pois você pode ter o melhor plano de aula, se você não se consagrar e entregar seus alunos na mão do Espirito Santo, para que ele ministre na vida das crianças e juniores nada irá acontecer.
Não podemos de deixar de sermos didáticos e espiritualizar tudo, mas também não podemos deixar a espiritualidade de lado e sermos só didáticos.
Nós (pais) também devemos ter esse olhar critico para com os nossos filhos, Nos pais somos os que mais temos capacidade de ver detalhes em nossas crianças e juniores, pois os conhecemos desdo ventre, sabemos suas manias, gostos, defeitos e qualidades.
Muitos pontos negativos observados a tempo podem ser tratados e ser mais rápido resolvido, pois sabemos que mudar algumas coisas depois de adulto é mais complicado e demorado.
Como diz, nossa Coordenadora, amiga e irmã Joelia, não podemos admitir que nossas crianças e juniores se tornem "Gabrielas".
Você deve estar se perguntando, como assim "Gabrielas".
Vou explicar, não estou falando de nenhuma Gabriela pessoa estou falando da  música de "Gabriela"que diz assim: "Eu nasci assim, eu cresci assim
Eu sou mesmo assim
Vou ser sempre assim
Gabriela..."
Existem pessoas que falam isso, não querem mudança.
 
Temos, Pais e Professores que  ensinar as nossas crianças e juniores o caminho de devem andar. Pv.22:6"
Mas para que todo o nosso agir e muitos outros agir sejam positivo temos que fazer a nossa parte e não deixarmos para os outros o que nós temos que fazer.

 “Ensine a Palavra com persistência a seus filhos. Converse sobre ela quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar” (Dt 6.4 a 9).

Temos que ter um ponto de equilíbrio e o nosso ponto de equilíbrio é a oração, pois quando oramos e entregamos tudo na mão dEle, Ele faz este equilíbrio.
Ele nos dirige a ver o que não vemos, mas tem um  fator muito importante de tudo isso para que possamos ver vendo, é QUERER e DECIDIR ver, para que não estejamos Vendo sem VER.

Leidy Bittencourt.

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