Plano de aula - Juniores - Os doze.


Igreja Caminho Pleno –
Rede – O Desafio.
Turma: Crianças                                    Classe: Kids                                                                                   Profª: Leidy Bittencourt e Claudia Prux          Data: 09/06/2013.

Plano de Aula XVI

Louvor: Amigo de Deus – Ana Paula Valadão 

Oração:                                                       Frequência:

Recados:
Bíblia das descobertas.
Anexos: 1, 2 e 3.

Momento da oferta: Oferta da Viuvinha – Aline Barros.

Objetivo: Mostrar a importância de cultivar amizades verdadeiras, tendo Jesus por modelo.

Conteúdo: Os Doze discípulos de Jesus.

Versículo Chave: “Ninguém tem maior amor do que este: dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.” (Jo 15:13-15).
Metodologia do versículo:
Material necessário: lápis de cor, desenho (anexo 2).
Desenvolvimento: Entrega-se o desenho para as crianças e pede para elas pintarem e depois será entregue para outra criança que elas não tenham contato, dizendo por que a escolheram. Após a professora enfatiza a importância de cultivarmos novas amizades.

Procedimento Metodológico: Contar a história colocando os discípulos numa maquete, cada história um discípulo será colocado na maquelte. (Anexo 3).
Jesus fez a mesma coisa que nós fizemos, quando Ele esteve aqui na terra, Ele cultivou muitas amizades.
Quem aqui tem amigos que conversam sobre tudo, bonecas, carros, brincadeiras, bronca dos pais, Jesus...

Jesus tinha amigos também que Ele contava tudo, vamos conhecer alguns desses amigos de Jesus.

Versículos para a professora ler e meditar: Marcos  3: 13-19, Lucas 6: 12-18 e João 1: 35-42.
Todos têm necessidade de se relacionar com as pessoas e as especiais chamamos de amigos.

Jesus viveu em nosso meio e também teve amigos. Eram 12 homens chamados discípulos. Discípulos são seguidores, pessoas amigas que caminham juntas. Eles comiam juntos, oravam cantavam e enquanto andavam pelas ruas aprendiam a palavra de Deus conversando.

Dentre os doze três eram mais chegados a Jesus, Pedro, Tiago e João eram os que mais andavam com o Mestre. João tinha o costume de abraçar Jesus e encostar a cabeça no coração dEle. Pedro era falante e agitado por isso as vezes se precipitava e era corrigido. Judas Iscriotes a quem Jesus deu o pão especial molhado que era seu amigo e sabia que era traidor e não amigo verdadeiro. Lázaro também era amigo de Jesus e até chorou por ele.

Da mesma forma que Jesus, temos vários tipos de amigos. Como Abraão podemos ser amigos de Deus (Tg 2.23).
Você considera o Senhor seu amigo?

Gostaria de ser amigo de Jesus? Como?

Jesus disse que nós somos amigos dele e nós já sabemos que Ele é nosso melhor AMIGO.

Vejamos com é a amizade de Jesus para conosco e como nós devemos corresponder como amigos:

1- A maior prova de amizade: v.13
Jesus deu a sua vida por nós e não há nada maior do que isto (João 3.16). Quando somos amigos de uma pessoa não enjoamos de conversar, não acaba o assunto, deixamos de fazer as coisas de nosso interesse para estar junto e aprendemos a respeitar as diferenças de opinião e até ceder à vontade do próximo.
Você pode ter grandes amizades, mas um só morreu por você que foi Jesus o verdadeiro amigo!


2- A nossa resposta de amor é fazer a vontade de Deus:v.14

Mostramos a Jesus a nossa amizade quando obedecemos a sua Palavra. Somos influenciados pelos nossos amigos e quando não gostamos de uma certa coisa ou lugar, aprendemos a gostar por causa do amigo.
Por causa do amor nós aprendemos a obedecer a Jesus com prazer. Jesus também faz a nossa vontade quando oramos em seu nome (v.16c e Salmos 37.5).


3- Um relacionamento confiável: v.15

Muitas pessoas pensam que Deus é um ‘SENHOR’ longe de nós e nos considera como míseros servos. Mas não, nós somos livres. Ele confiou em nós e podemos confiar nele porque é nosso amigo e está próximo de nós.
Para uma pessoa que consideramos amigo de verdade não temos segredos. Assim também podemos contar tudo para Jesus. Ele nos confiou a Sua palavra, suas promessas, seus mistérios e mandamentos e nós podemos contar para Ele nossos pecados e frustrações.


4- Somos escolhidos para dar frutos: v.16

Não fomos nós que escolhemos a Jesus mas Ele quem nos escolheu para dar frutos de amor... (Gálatas 5.22,23) todos gostamos de pessoas que têm estas qualidades. Por isso através da amizade podemos falar de Jesus. 

Quando Jesus subiu ao céu e se despediu de seus amigos suas últimas palavras foram “ide e fazei discípulos (amigos)... e eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mateus 18.18 e 20).
A amizade do mundo é passageira (Tiago 4.4), mas quando a amizade tem Jesus ela é eterna. Por isso a estratégia de Jesus para ganhar vidas foi à amizade através do discipulado e nos mandou levar nosso amigo até ele.

Já levou um amigo para conhecer o melhor amigo que é Cristo?
A prova de amizade que Jesus nos deu foi sua própria vida e a maior resposta e presente que podemos retribuir é também dar a nossa vida para Ele.

Se você não conhece este amigo saiba que Ele está aqui e pode conhecê-lo.


Alguém sabe o que é um discípulo?
Discípulo significa aluno ou estudante, e os discípulos eram pessoas que escolheram seguir a Jesus e ouvir seus ensinamentos. Eles o chamavam de rabino, mestre ou professor.
Os doze eram seguidores de Jesus, a quem Ele havia escolhido para se tornar seu grupo principal.
Alguém sabe me dizer quem são os doze de Jesus?
Simão e seu irmão André foram os primeiros discípulos que Jesus escolheu.
ANDRÉ, O HOMEM QUE LEVA A CRISTO.
 “André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João falar, e que seguiram a Jesus.” (Jo 1:40).
Originalmente discípulo de João Batista (Jo 1:35), através do testemunho deste a respeito de Jesus, em que afirmava ser Ele o “Cordeiro de Deus” (Jo 1:36), foi conduzido ao Mestre, que passou a seguir.
André não se demora a levar as pessoas a Cristo, e a primeira coisa que fez após passar o dia com Jesus, foi informar a seu irmão Pedro sobre este encontro, dizendo: “Achamos o Messias”. André convence a seu irmão do aspecto messiânico de Jesus. Simão Pedro tem então um encontro com Cristo.
Natural de Betsaida (gr. Bhqsaida, Bethsaidá, do heb. Casa de Pesca; Jo 1:44), cidade à beira do Tiberíades, era conterrâneo de Filipe (Jo 1:44), filho de João (Jo 1:42) e tinha por ofício a pesca. Parece ter sido o primeiro apóstolo a ser chamado por Jesus.
Fora vocacionado juntamente com seu irmão, quando, às margens do mar da Galiléia, “…lançavam redes ao mar, pois eram pescadores” (Mc 1:16). Assim Jesus os convida a serem pescadores de homens.
Comissionou-o posteriormente ao apostolado (Mt 10:2). Outro incidente que faz seu nome ser relatado é o da multiplicação dos pães (Jo 6:1-15). Ali André leva mais um a Cristo. Desta vez um rapaz, que com seus cinco pães de cevada pequenos e dois peixinhos, parecia ser uma esperança para André.
Ainda o veremos resolvendo mais um impasse. Uns gregos, que vieram adorar no dia da festa, desejavam ver o Mestre e aproximaram de Filipe. O prático apóstolo Filipe, não sabendo como conduzir a situação, leva-os a André, que generosamente os leva ao encontro de Jesus. André mais uma vez leva almas ao encontro de Jesus Cristo. Primeiro, seu próprio irmão, depois o menino, agora são os gentios, levados com amor pelo “pescador de homens”.
A última vez que vemos registrado o nome deste apóstolo na Bíblia (At 1:13) o encontramos perseverando “…em oração e súplicas…”, junto com os outros apóstolos e irmãos, no interior do cenáculo, aguardando o Pentecostes, onde seria cheio do Espírito para continuar a levar mais e mais almas ao encontro de Jesus.
PEDRO, A PEDRA
“Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mt 16:16)
Pedro (gr. PetroV, Pétros, aram. Kéfa ou Céfa, “pedra” ou “rocha”), cujo nome original era o hebraico Shim”on.
Filho de João (Jo 1:42, Contemporânea) é de Betsaida da Galiléia (Jo 1:40-42), cidade de seu irmão André e de Filipe (Jo 1:44), sendo ambos irmãos pescadores (Mc 1:16). Em Mt 8:5,14 encontramo-lo residindo em Capernaum, cuja sogra fora curada por Jesus. Um dos primeiros discípulos vocacionados, foi levado a Jesus por seu irmão André (Jo 1:41), que lhe diz: “Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo)”.
Seu chamado está estreitamente ligado ao de Tiago e João, no relato de Mateus. Ali o escritor relata que se deu logo ao início do ministério de Jesus, após seu batismo e tentação, quando estava “…andando junto ao mar da Galiléia…” quando “…viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.” (Mt 4:18,19).
Nas listas dos doze encontra-se em primeiro lugar (Mt 10:2; Mc 3:16; Lc 6:14; At 1:13). Andou por sobre o mar (Mt 14:29); confessa que Jesus é o Cristo, por revelação divina (Mt 16:16; Jo 6:68); reprova a Jesus, opondo-se ao anúncio da paixão, sendo asperamente repreendido por Jesus (Mt 16:22,23); presencia a ressurreição da filha de Jairo (Lc 8:51), a transfiguração (Mt 17:1), e a agonia de Jesus (Mt 26:37), na companhia de Tiago e João, que, com este último é enviado por Jesus para preparar a Páscoa (Lc 22:8).
Fisga o peixe com a moeda na boca, com a qual Jesus pagou o imposto do templo, para ambos (Mt 17:24-27); pergunta a respeito do perdão (Mt 18:21) e da recompensa pela renúncia a todas as coisas (Mt 19:27); promete lealdade e é advertido (Mt 26:33-35); sendo repreendido veladamente por não vigiar no Getsêmani (Mt 26:40); questiona a respeito da figueira (Mc 11:21) e dos sinais da segunda vinda, com Tiago, João e André (Mc 13:3); tem seus pés lavados por Jesus (Jo 13:6-10); inquire acerca do traidor (Jo 13:24); na prisão de Jesus, no jardim, agride a Malco, decepando-lhe a orelha (Jo 18:10-11).
Não te negarei, te seguirei até o fim.

Nunca voltarei atrás, serei fiel…

Mesmo que todos queiram fugir,

Ou se arrependam de te seguir,
Jesus, meu Mestre, eu jamais te deixarei!
“Ai, amado meu, como a peneira escolhe o grão
Assim o mal te escolheu
e o Inimigo cobiçou teu coração
Mas orei por ti, roguei ao Pai,
intercedi a teu favor
Pra que tua fé não fosse em vão
valesse em tempo de aflição
E suportasse a provação
roguei por ti, roguei por ti, roguei por ti…
(Guilherme Kerr Neto)

A ressurreição é anunciada “…aos discípulos” e enfaticamente “…a Pedro” (Mc 16:7) de modo consolador, por ter tão veementemente negado ao Senhor (Mc 14:68). Com João, sendo precedido por este, examina o túmulo vazio, onde se encontrava o Senhor (Jo 20:6); que ressuscitado, lhe aparece (1 Co 15:5).
Assiste a ascensão (At 1:15); prega no Pentecostes (At 2:14), cura o coxo (At 3:7); sendo ameaçado pelo sinédrio (At 4:17); repreende a Ananias e Safira (At 5:3); é liberto do cárcere por um anjo (At 5:19); foi enviado a Samaria junto com João para conferirem o Espírito aos discípulos (At 8:14).
Rejeita a proposta de Simão, o mago (At 8:20-24); cura Enéas, paralítico (At 9:34); ressuscita Dorcas (At 9:40); visita Cornélio, quando tem a visão do lençol (At 10); defende-se em Jerusalém (At 11:5), é preso por Herodes (At 12:4) sendo liberto por um anjo (At 12:9) e comparece perante o concílio de Jerusalém (At 15:7).
Considerado como uma coluna na Igreja primitiva (Gl 2:9) é resistido por Paulo (Gl 2:11); vai para Babilônia, onde trabalha (1 Pe 5:13). Possivelmente tenha sido perseguido e martirizado ao mesmo tempo em que Paulo, durante as perseguições de Nero.
A tradição afirma que não se julgava digno de ser crucificado como seu Senhor, e ao seu próprio pedido, fora crucificado ponta-a-cabeça. Esta tradição é geralmente atribuída a Orígenes. Escreveu duas epístolas.

Em seguida Jesus chamou Tiago e João.
TIAGO, O AMBICIOSO
“Vendo isto os discípulos Tiago e João, disseram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” (Lc 9:54)
Tiago, Filho de Zebedeu e Salomé, irmã da mãe de Jesus (Mc 15:40; Mc, 16:1; Jo 19:25); portanto, primo de Jesus, que o chamou juntamente com seu irmão João, o amado, quando ambos estavam no barco de pesca com o pai, consertando as redes (Mt 4:21; Mc 1:19).
Possivelmente tinha certa posição, pois seu pai tinha empregados em seu ramo de trabalho, a pesca (Mc 1:20). Deixando seu pai com os “jornaleiros” (diaristas), seguiu a Jesus com seu irmão, aos quais o Senhor chamou de BoanhrgeV, Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão” (Mc 3:17).
Esteve na sinagoga de Capernaum (Cafarnaum), num sábado, ouviu os ensinos do Mestre, maravilhando-se da sua doutrina, presenciando a expulsão do espírito imundo de certo homem por Jesus (Mc 1:21-28). Esteve na casa de Pedro, quando da cura de sua sogra (Mc 1:29-30). Sua mãe pediu que ele e seu irmão pudessem assentar com Jesus no seu trono (Mt 20:20-28).
Perguntou, com seu irmão João ao Mestre Jesus se queria que ordenassem que descesse fogo do céu para consumir os samaritanos, que não receberam Jesus (Lc 9:54).
Testemunhou privilegiadamente a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5:37); a agonia do Getsêmani (Mt 26:37); a transfiguração (Mt 17:1) e a pesca miraculosa (Lc 5:10). Após a ressurreição de Cristo, encontra-se junto ao Tiberíades (Mar da Galiléia) com “…Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, e Natanael…e outros dois dos seus discípulos.” (Jo 21:2).
Tiago e seu irmão são identificados com “os filhos de Zebedeu” nesta passagem . Ali o Senhor ressurreto se manifesta a estes. Encontra-se no cenáculo perseverando em oração e súplicas, junto com os outros (At 1:13). Morre à espada por ordem de Herodes Agripa I, que “…estendeu suas mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar…” (At 12:1,2), o que teria ocorrido possivelmente em 42 d.C.
JOÃO, O AMADO
“Ora, achava-se reclinado sobre o peito de Jesus um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava.” (Jo 13:23)
O corriqueiro nome João(2 Rs 25:23),“Graça ou favor de Deus” (Pequena Enciclopédia Bíblica, Boyer, Orlando. Inst. Bibl. A. D., SP, 1966, p.429).
Filho de Zebedeu, irmão de Tiago, recebeu com este irmão o nome de Boanerges (Filhos do trovão) da parte de Jesus (Mc 3:17). Foram convocados, ao que se indica, após Pedro e André, sendo companheiros de Simão e também pescadores. Estando num barco com o pai, consertando as redes, deixaram tudo imediatamente e seguiram a Jesus (Mt 4:21, Mc 1:19). Parece ter sido de uma próspera família, pela presença de empregados junto ao ofício de seu pai (Mc 1:20).
Figurava na lista dos doze (Mt 10:2) acompanhando sempre a Jesus com Tiago e Pedro, como na transfiguração (Mt 17:1), na cura da sogra de Pedro (Mc 1:29), da filha de Jairo (Mc 5:37) e no Getsêmani (Mt 26:37).
Proibiu certo homem que expulsava demônios por um impulso faccionista, sendo censurado por Jesus (Lc 9:49,50). Desejou com seu irmão que descesse fogo do céu para consumir samaritanos que não receberam a Jesus (Lc 9:51-56), assim como ambicionou assentar-se com seu irmão ao lado de Jesus em tronos (Mt 20:21).
Este discípulo “…a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus” (Jo 13:23, 19:26, 21:20), assistiu ao julgamento (Jo 18:16) e crucificação (Jo 19:26) do Senhor. Jesus entregou sua mãe Maria aos seus cuidados (Jo 19:27). Foi o primeiro a chegar ao sepulcro de Cristo (Jo 20:4), sendo um dos primeiros a contemplar a evidência maravilhosa da ressurreição: o túmulo vazio.
Ah! estou tão triste pois perdi o meu amado

Ah! se Ele me visse tão sozinho neste estado

Eu que sempre estive no seu peito debruçado

Deus, ó Deus me assiste pois me sinto perturbado!
Vem de lá de longe a correr Joana e Marias
Mal eu posso crer no que me acabam de contar:
“João, teu mestre é vivo, Ele é mesmo o Messias
Não chores mais, esquece a dor
O teu amado ressuscitou!”
(Guilherme Kerr Neto)

Após o Pentecostes, com companhia de Pedro ia ao templo, efetuou uma cura (At 3:1) e apresentou-se perante o sinédrio (At 4:13,19). Apesar de “…iletrado e indouto…” (At 4:13) era intrépido no falar, pelo poder Daquele que o usou junto com Pedro para realizar a cura do coxo de nascença à porta Formosa, a fim de esmolar (At 3:2).
Pastor da Igreja de Éfeso, foi levado para a ilha de Patmos, no Egeu, em tempos de dura perseguição, aparentemente ao mesmo tempo em que o apóstolo Pedro fora crucificado e Paulo decapitado. Escreveu as Revelações (Livro de Apocalipse) em 95 d.C, relatando as visões e profecia recebidas ali naquela solitária ilha. Presume-se ainda ter sido o autor do Evangelho e das três epístolas que levam seu nome. É o apóstolo do amor (1 Jo 4:8,11).
depois, Felipe e Bartolomeu, também chamado Natanael), Mateus Tomé, Tiago, filho de Alfeu, e Simão, o Zelote, e Judas filho de Tiago, e Judas Iscariotes.
FILIPE, O PRÁTICO
“Disse-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta..” (Jo 14:8)
Seu nome, derivado do grego FilippoV, Phílippos, tem a curiosa significação “amigo dos cavalos”. No dia que se seguiu ao do encontro de Simão Pedro com Jesus, Felipe foi encontrado na Galiléia pelo Senhor, que lhe disse as simples palavras: “Segue-me” (Jo 1:43).
Conterrâneo dos irmãos André e Pedro, ou seja, de Betsaida da Galiléia, após ouvir o impressionante chamado de Cristo, foi ao encontro de Natanael, apresentando a Jesus através de uma afirmativa específica e detalhada: “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José” (Jo 1:45).
Talvez Felipe estivesse querendo dizer: “Sim, eu encontrei o Profeta (de quem Moisés escreveu na Lei), o Messias (a quem se referiram os profetas)! Verifiquei bem cautelosamente e Jesus de Nazaré se encaixa perfeitamente às predições!”. O prático Filipe podia crer apenas naquilo que era perfeitamente analítico e comprovável. Diante do confuso e atônito amigo, Felipe novamente apela para a inspeção comprobatória: “Vem, e vê.” (Jo 1:46).
Quando da multiplicação dos pães, Felipe soube calcular acuradamente o necessário para a multidão, mas já não pôde crer no que fugia a seu raciocínio (Jo 6:7). O mesmo ocorre na ocasião em que os gregos procuram a Jesus (Jo 12:20-22). Leva-os a André, pois não sabe como se comportar diante do seguinte dilema: “Deveríamos levar gentios ao Mestre?”
André com simplicidade promove o encontro das nações com Jesus, num prelúdio àsmissões universais comissionadas pelo Senhor, que já na ocasião afirmou: “Mas eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12:32).
Também Filipe em sua praticidade, desejando que Jesus mostrasse-lhes o Pai, pois isto lhes bastaria, extrai do Senhor a maravilhosa sentença: “Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14:9). A partir daí vemos este apóstolo na lista dos que se achavam no cenáculo (Jo 1:13-14), após a ascensão de Cristo.
NATANAEL, O ISRAELITA SEM DOLO
“Jesus, vendo Natanael aproximar-se dele, disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!” (Jo 1:47).
Encontrado por Filipe, que fala com convicção acerca do encontro com o Messias, Natanael ouve atentamente, até que ouve algo que lhe suscita o preconceito: “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas…” (Jo 1:45).
Natanael ouve com surpresa a noticia, e como bom israelita, vê acender em si a esperança messiânica.

Ao prosseguir com a descrição, Filipe apaga a chama do zelo religioso de Natanael e atiça o fogo do preconceito: “…Jesus de Nazaré, filho de José.” (Jo 1:45b). De Jerusalém ou de Belém, a cidade de Davi, poderia vir o Messias, mas de Nazaré? Parecia ser impossível a Natanael. Felipe o convida a provar por si próprio: “Vem e vê.” (Jo 1:46).

Ao encontrar-se com Cristo ouve uma saudação elogiosa que o desconcerta: “Aqui está um verdadeiro israelita, em quem não há nada falso.” (Jo 1:47). Jesus então afirma que o viu assentado sob uma figueira, antes de Felipe o convidar. Natanael então crê e vê em Jesus a pessoa do Filho de Deus, o Rei de Israel.
Observe: após a demonstração clara do conhecimento de Cristo a seu respeito, o Messias poderia ter vindo de onde veio, mas sem dúvida nenhuma haveria de ser o Rei de Israel, pensava Natanael. Jesus então afirma que Natanael veria “…coisas maiores que esta…” (Jo 1:50), até mesmo “…o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.” (Jo 1:51).
“No meio dos doze discípulos

que Cristo na terra escolheu

Bem pouco se sabe a respeito,

talvez quase nada de Bartolomeu
Quem sabe era irmão de Felipe
que um dia Jesus encontrou,
Quem sabe se seu sobrenome
era Natanael a quem Cristo chamou

Talvez tenha até duvidado

do que seu irmão descreveu

Que o filho de Deus, esperado

era de Nazaré, mais um galileu
Mas quando Jesus face a face
falou-lhe quem era e porque
Cessou todo o passe e repasse
brotou-lhe a certeza daquele que crê.
(Guilherme Kerr Neto)

Pelo fato de Felipe encontrar-se sempre agrupado com Bartolomeu (Mt 10:3; Mc 3:18; Lc 6:14) ou com Tomé, Bartolomeu e Mateus (At 1:13), muito pensam que Natanael era o nome do discípulo cujo sobrenome aramaico era “Filho de Tolmai” (Bar-Tolmai), o que faz acreditar que Natanael e Bartolomeu sejam a mesma pessoa.
Seu nome significa “dádiva de Deus”. Provém do grego Naqanahl, Nathanael, que por sua vem tem origem no hebraico N’than’el(Nm 1:8).
Natural de Caná da Galiléia, próxima cerca de 6 km de Nazaré, aldeia de Jesus. Foi um do grupo que viu a aparição de Cristo no Mar da Galiléia, após sua ressurreição, conforme o relato de Jo 21:2. Seu nome não está contido nas listas dos Doze, mas provavelmente é o mesmo que o apóstolo Bartolomeu (gr. Bartholomaios, do aram. bar-talmai, “filho de Tolmai”), encontrado em Mt 10:3
TIAGO, O MENOR
“Também ali estavam algumas mulheres olhando de longe, entre elas Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago o Menor e de José, e Salomé” (Mc 15:40)
O desconhecido Tiago, o Menor, era um dos apóstolos de Jesus, e estava entre os doze. Uma das poucas referências que encontramos sobre ele está em Mc 15:40, que se segue: “Algumas mulheres estavam olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé.”

Era filho de Alfeu (Mt 10:3) e de Maria que, com Maria Madalena e Salomé “…compraram aromas para irem ungir o corpo de Jesus.” (Mc 16:1).

Sem qualquer dúvida é um personagem extremamente enigmático, a respeito do qual os evangelistas e escritores neotestamentários pouco revelam. Uma grande lição que aprendemos do anonimato e “pequenez” de Tiago, o menor, é que o Senhor Jesus Cristo o quis ter entre seus Doze, e posteriormente este discípulo e apóstolo muito fez para seu Senhor, embora sem o ter sido referido em parte alguma.
Devemos, como discípulos e enviados do Senhor, não procurar reconhecimentos ou proeminência, mas verdadeira comunhão com Deus e eficiente proclamação do evangelho do Senhor Jesus Cristo. Diferentemente do seu homônimo, o ambicioso e explosivo Filho do Trovão, com Tiago, o Menor, aprendemos que “… é necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3:30).
Mas Deus tem dado a nós como a Tiago deu

Discípulo escondido em meio a tantos mais

Que entrou de vez pra história

(e quase ninguém leu)
A chance rara e cara de encontrar a paz
E ser de Deus bendito, sem mérito nenhum
(Guilherme Kerr Neto)

JUDAS, O PERSEVERANTE
“Perguntou-lhe Judas (não o Iscariotes): O que houve, Senhor, que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo?” (Jo 14:22)
Judas (gr. IoudaV, Ioúdas, heb. Yhudah, Judá), filho de Tiago (Lc 6:16), também chamado Lebeu (gr. LebbaioV, Lebbaios) e apelidado Tadeu (gr. QaddaioV, thaddaios, aram. thaddai)(Mt 10:3).
O que fez seu nome constar em outra passagem do Evangelho de João (e em nenhum outro lugar, nos evangelhos sinóticos) foi sua pergunta ao Senhor Jesus, registrado pelo escritor da seguinte forma: “Disse-lhe Judas, não o Iscariotes: Senhor, por que pretendes manifestar-te a nós, e não ao mundo?” (Jo 14:22); ao que o Senhor lhe respondeu: “Se alguém me amar, guardará a minha palavra.
Meu Pai o amará, e viveremos para ele e nele faremos morada.” (Jo 14:23). O cenário que envolve a passagem é a última ceia; o palco, a roda de discípulos à mesa; ao final da ceia. Jesus instrui seus discípulos acerca do futuro, da promessa do Espírito Santo, o ensinamento de amar a Cristo e guardar seus ensinamentos (Jo 14:21).
De onde vens, Senhor, e quais teus planos?

E teus intentos, quem conhecerá?

Nós te seguimos já faz quase quatro anos

Inda há mistérios que nos falta alcançar
A isto Cristo respondeu:
Se alguém me ama, ouça bem, Judas Tadeu:
Minhas palavras guardará, meu Pai o amará
E eu o amarei e junto a ele habitarei
Meu Pai com ele para sempre há de morar
(Guilherme Kerr Neto)

A pergunta de Judas provocou no Senhor o desejo de instar com os discípulos a perseverança em segui-lo, mesmo em face do que brevemente ocorreria: a traição, prisão, julgamento, negação de seu discípulo Pedro, sentença e morte. Diante dos ensinamentos do Mestre e de sua consolação através de Seu Espírito, Judas prosseguiu em direção ao alvo, mostrando ser realmente o discípulo perseverante.
JUDAS, O TRAIDOR
“Entrou então Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, que era um dos doze” (Lc 22:3)
Este é sem dúvida o mais intrigante personagem dentre a fileira dos apóstolos. Porque foi convocado, só o Senhor o sabe. Porque traiu ao seu Senhor não podemos discernir com acurada certeza. Por fim nos intriga muitíssimo o fato de repleto de remorso (e não arrependimento sincero), ter-se desfeito do minúsculo preço da traição, que nem sequer pode usufruir.
Também sua morte é cercada de curiosas ocorrências.

Mesmo seu sobrenome causa algumas divergências. Diz Champlin, que “os problemas textuais do nome Iscariotes estão ligados a seu significado.” (O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, Volume 1, Champlin, R.N., Edit. e Distr. Candeia, SP, p. 358).

Segundo a maioria dos eruditos, ‘IskariwthV, Iskariotes (‘Iskariwq, Iskarioth) se deriva do hebraico Ish K’ryoth, “homem de Queriote”, ainda sob o ponto de vista de Champlin, que tem na forma variante apo KaruwtouhV, apo Kariotou, “[filho] de Iscariotes” de Jo 6:71 apoio a essa derivação. Keriote seria uma aldeia no sul da Judéia, lar de Simão, pai de Judas.
Faz parte do grupo de cidades pertencentes à tribo de Judá, segundo o hall de Js 15:20-63, onde é chamada de “Queriote-Hezrom (que é Hazor)” Js 15:25. Notamos que Judas Iscariotes tinha descendência junto à tribo de Judá, como Jesus, diferentemente dos demais apóstolos, todos advindos da Galiléia. Seu nome Judas Iscariotes é sempre diferenciado nas listas dos Doze, seguido de sentenças que o definem como o traidor. Mateus informa que Jesus chamou seus discípulos, dentre os quais “Judas Iscariotes, aquele que o traiu.” (Mt 10:4).
Marcos acrescenta que para fazê-lo, Jesus “subiu ao monte, e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele. E nomeou doze para que estivessem com Ele…” (Mc 3:13,14) e definiu: “…a Judas Iscariotes, o que o entregou.” (Mc 3:19). Jesus conhecia o seu caráter desde o princípio (Jo 6:64; 13:21), embora os apóstolos não tivessem a menor suspeita, mesmo tendo o Senhor claramente mostrado com um inequívoco sinal (Jo 13:26-28).
Lucas informa que já era dia quando Jesus os chamou e trata Judas de “…o traidor.” (Lc 6:16). João ressalta que Jesus afirma que um dos doze “…é um diabo.” (Jo 6:70). O termo nesta passagem (gr diaboloV, diabolos) talvez tenha aqui sentido de “caluniador” (Rienecker/Rogers, p 173), “adversário” ou mesmo “informador” (Mackenzie, p 513), sendo que de qualquer forma Judas teve mesmo todas estas características.
Sem forçar qualquer sentido ou incidente, este Iscariotes foi:
1)Caluniador – Quando da unção do Senhor em Betânia (Jo 12:4-6), Judas objetou a respeito do gasto do ungüento, porém o escritor revela que não foi por ter cuidado com os pobres, senão “…por que era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava” (Jo 12:6). Ao fazer isto, Judas implicitamente caluniava ao Senhor, expressando que não era digno de receber tamanha honraria.
2) Adversário – Não foi indubitavelmente Judas um adversário ao Senhor, levando-o indiretamente à morte por sua traição, aceitando as sugestões do Adversário, fazendo-lhe a sua vontade, tendo até mesmo este entrado nele (Lc 22:3)?
3) Informador – Judas foi o informante dos judeus e os Sinóticos registram sua visita aos principais dos sacerdotes, o acordo sobre a traição e o preço a ser pago (Mt 26:14-16), cuja soma de trinta moedas de prata (gr. argirion, arguírion, dinheiro de prata) era uma provável referência a Zc 11:12 e equivalia a quase um salário mensal e ao preço de um escravo.
Judas era o tesoureiro do grupo, pois “…tinha a bolsa…” (Jo 12:6). Era avarento (Mt 26:14,15), hipócrita e desonesto (Jo 12:5,6). Por ocasião da Páscoa, à tarde, Jesus “…assentou-se à mesa com os doze.” (Mt 26:20) o que indica obviamente que Judas estava entre eles.
O Senhor afirmou que um deles o trairia, dando o bocado molhado a Judas, em quem entrou Satanás, como o indicativo de sua traição. Judas tomou o bocado e saiu da presença do Senhor, com a intenção de traí-lo.
Beijos nem sempre são o que parecem:

Beijando-lhe o rosto,

fingindo-se amigo

Judas a Cristo traiu
(Guilherme Kerr Neto)

Judas entrega Jesus à multidão que o prenderia dizendo: “Eu te saúdo, Rabi!” (Mt 26:49) e com um beijo o traiu, sendo chamado pelo Senhor de “…amigo.” (Mt 26:50). Sentindo remorsos, “…vendo que Jesus fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata dos principais sacerdotes e anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente.” (Mt 27:3,4).
Atirou “…para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.” (Mt 27:5). Com as moedas compraram um campo para sepultar os estrangeiros, o Campo de Sangue (Mt 27:7,8), AgroV AimatoV, Agros Aimatos, ou Aceldama, de akeldama.
A última citação sobre Judas encontra-se em At 1:25, onde sabemos que ao enforcar-se, precipitou-se, rompendo-se pelo meio, e toda as suas entranhas se derramaram. É entendido como predições a respeito desse personagem, as seguintes passagens:
1) “Fique deserta a sua habitação, e não haja quem nela habite” (Sl 69:25).
2) “Em paga do meu amor são meus adversários; mas eu faço oração. Deram-me mal pelo bem, e ódio pelo meu amor. Põe acima dele um ímpio, e Satanás esteja à sua direita. Quando for julgado saia condenado; e em pecado se lhe torne a sua oração. Sejam poucos os seus dias, e outro tome seu ofício” (Sl 109:4-8).
3) “Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar” (Sl 41:9).
4) “Eu disse-lhes: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o que me é devido, e, se não, deixai-o. E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata. O Senhor pois me disse: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro na casa do Senhor” (Zc 11:12,13).
5) “Pois não era um inimigo que me afrontava: então eu o teria suportado; nem era o que me aborrecia que se engrandecia contra mim, porque dele me teria escondido. Mas era tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo amigo. Praticávamos juntos suavemente, e íamos com a multidão à casa de Deus” (Salmo 55:12-14).
6) “Aquele meu companheiro estendeu a sua mão contra os que tinham paz com ele; violou o seu pacto. A sua fala era macia como manteiga, mas no seu coração havia guerra; as suas palavras eram mais brandas do que o azeite, todavia eram espadas desembainhadas. Mas tu, ó Deus, os farás descer ao poço da perdição; homens de sangue e de traição não viverão metade dos seus dias..” (Sl 55:20,21,23)
Cumpriram-se cabalmente todas estas predições na pessoa, atos, palavras e sentença deste estranho Iscariotes.
TOMÉ, O INCRÉDULO QUE CREU
“Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20:28)

O nome Tomé tem origem no grego QwmaV, Thomas, vindo pelo aramaico teoma, “gêmeo”. Era também chamado Dídimo (gr. DidumoV, Didymos, “gêmeo” (Jo 11:16, 20:24, 21:2) como um sobrenome ou mesmo apelido). Mostrou-se leal e até mesmo disposto a seguir o Mestre, mesmo que lhe custasse a vida.

Em sua pergunta sobre o caminho a seguir, retira do Senhor uma das afirmativas mais belas de toda as Escrituras: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14:6).
Se eu não o vir, nele tocar e enxergar

O seu peito ferido, nas mãos

e nos pés as marcas da cruz

De modo algum acreditarei
“Dídimo, ó Dídimo, meu querido Tomé
Põe tua mão no meu lado
Não duvides, filho tenha fé.”
(Guilherme Kerr Neto)

Não estava com os discípulos quando veio Jesus à tardinha onde estavam trancados com medo dos judeus (Jo 20:24). Tomé descrê e pede provas palpáveis e concretas da ressurreição, o que recebeu oito dias depois, quando Jesus apresentou-se como da primeira vez. Mostrou Jesus ressurreto ao incrédulo apóstolo suas mãos e seu lado, repreendendo-lhe: “…não sejas incrédulo, mas crente.” (Jo 20:25,27). Então Tomé vê em Jesus seu Senhor e Deus (Jo 20:28).
Contemplou-lhe no lago Tiberíades (Jo 21:2), que é o da Galiléia, após a ressurreição. Reuniu-se com os demais no cenáculo, perseverando em oração (At 1:13), não mais um descrente, mas um homem cheio de fé.
MATEUS, O RESGATADO
“Partindo Jesus dali, viu sentado na coletoria um homem chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.” (Mt 9:9)
Mateus é a transliteração do nome grego MaqqaioV, Matthaios, do aramaico Mattai, que tem origem no hebraico Matan’yah (2 Rs 24:17), “o dom de Yahweh” ou “presente de Deus”). Em Mc 2:14 é chamado Levi (gr. Leui, Leui), filho de Alfeu. Em Lc 5:27 relata-se seu nome e ofício.
É identificado como publicano já em Mt 9:9,10: “E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na coletoria um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: ‘Segue-me’. E ele, levantando-se, o seguiu. E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos.”.
É assim que é identificado na lista de Mt 10:3: “…Mateus, o publicano…”. Por ser publicano era rejeitado pelo seu povo, os judeus. Os romanos criaram um sistema de concessões na cobrança de impostos, que, nos dias de Cristo, já completava duzentos anos de operação, atendendo às necessidades do império.
A pesada tributação era intolerável, até mesmo mais ainda por ser imposição de uma potência estrangeira. Além dos impostos cobrados por Roma, havia os de Herodes. O magistrado romano franqueava uma área ao coletor de impostos que se encarregava de arrecadar os devidos impostos. O que detinha a franquia cobrava do povo valores superiores aos estipulados.
Não por pouco o povo odiava os publicanos, cobradores de impostos. Não poderiam aceitar um compatriota arrecadando impostos em detrimento do povo para uma nação usurpadora. Dentro deste ambiente, Mateus, o Levi publicano, odiado, visto como terrível traidor da nação, não apenas recebe a aproximação do Senhor mas também seu maravilhoso e inescusável chamado, ao qual prontamente atende!
Todos falam de mim: “Lá vai Mateus

sujo ladrão, dinheiro na mão

cobrando os impostos, taxando aos judeus”

E reclamam de mim: “Lá vai Mateus
falso irmão, traindo a nação
jogando por Roma à custa dos seus…”
Quem me conhece por dentro
Sabe a alegria que em mim se instalou
Jesus Nazareno chamando, sereno:
“Vem já, vem me seguir”
Vale bem mais a eterna riqueza
que a graça me dá
Rico por dentro, aos outros atento…
eu vou Cristo seguir!
(Guilherme Kerr Neto)

Como impulso de agradecimento por sua aceitação da parte do Mestre, Mateus providencia “…um grande banquete em sua casa; e havia ali uma multidão de publicanos e outros que estavam com eles à mesa.” (Lc 5:29), registrado pelo próprio autor com a devida parcimônia (Mt 9:10-13), em sua humildade de um Levi transformado pelo maravilhoso encontro com o Mestre Jesus.
Autor do Evangelho que leva seu nome, escrito em hebraico. Fora enviado como apóstolo (Lc 6:15) e tem seu nome nas quatro listas dos apóstolos (Mt 10; Mc 3; Lc 6; At 1). Segundo a tradição, após o período em que pregou aos judeus, seu povo, foi para outras nações, tendo em Etiópia o centro de seu trabalho. Segundo alguns escritores teve a morte de um mártir.


  De acordo com o Evangelho de João, André e outro dos discípulos tinham sido previamente discípulos de João Batista. Os discípulos estavam mais interessados ​​em contar a história de' Jesus' do que em contar a sua própria história, mas sabemos algumas coisas sobre alguns deles.
 Jesus apelidou Simão de Pedro, e o apelido ficou. Pedro, André, Tiago e João eram pescadores comerciais. Eles (ou suas famílias) possuíam seus próprios barcos.                                                                                
Tiago e João foram os filhos de Zebedeu, e João este pode ser a pessoa que escreveu o quarto Evangelho, o Evangelho de João.
 André e Filipe têm nomes gregos e falou grego para os viajantes que vieram da Grécia para ouvir Jesus pregar. 
Eles podem ter tido parentes gregos ou educações grego ou romano.
Mateus foi um cobrador de impostos, uma forma desrespeitada de ganhar a vida naqueles dias. Cobradores de impostos não foram autorizados a testemunhar em tribunal, porque todos acreditavam que eles eram totalmente desonesto.  
Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes pode ter sido ativistas políticos, que pertencem a alguns dos muitos grupos que queriam derrubar o governo romano. Os judeus naquela época queria muito ter um rei judeu e cortes judaicas que compreendeu as suas crenças e a forma como eles observaram as leis religiosas.   Sabemos apenas apelido de Tomás: ambos Tomás em aramaico e em grego significa gêmeo . Ele pode ter tido um irmão gêmeo real - ou ele pode ter parecia tanto com Jesus que toda a gente brincou dizendo que ele era irmão gêmeo de Jesus. Em nenhum lugar do Evangelho alguém menciona que Tomás tinha um irmão gêmeo.   O que sabemos com certeza sobre todos os discípulos é que todos eles deixaram a sua subsistência e os compromissos a seguir Jesus como ele viajou por todo o país, pregação, ensino e cura. 


Tema: Caça palavras(anexo1) com o nome dos discípulos, pede para os pais auxiliarem.
Avaliação: Constante 
Oração final
Anexo: 
 Anexo 1

                                                         Rua Jacob Luchesse, 2483 B. Santa Catarina Caxias do Sul – RS

Apóstolo Daniel e Daniele Viganó
Coordenadora da Rede de Crianças e Juniores O desafio: Missionária Joelia Mattos Pichetti.

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